Friday, May 25, 2007

Quando ele vai embora

No mundo da Lua, com o coração na mão e as bochechas em brasa.
É assim que eu fico, quando ele vai embora.

Friday, May 18, 2007

Nesses últimos dias, tenho encontrado tanta gente por acaso e mesmo que tais pessoas não sejam realmente próximos, achei bom ver rostos conhecidos no meio do turbilhão das ruas. Talvez esteja desacostumada com o movimento, as cores, a pressa da cidade. Tenho ficado muito tempo reclusa, usando a linguagem escrita em conversas virtuais e a falada com uma única pessoa que, graças a Deus, consegue entender a minha incapacidade de me expressar claramente. Não reclamo, não, estou feliz, serena, tá tudo bem. Mas não sei, eu tô tendo uma nova percepção das coisas/pessoas, tento usar à máxima potência meus sentidos para vivê-las de verdade. Como se fosse a primeira e última vez. Por isso o sorriso e olhar estranhos quando ando de ônibus, com a cabeça pra fora, sentindo o vento e tudo a minha volta. Por isso a vontade de tocar na saboneteira da minha avó em forma de Chaplin que tá ali há anos e eu nunca reparei de fato, de gravar a arrumação da mesa do almoço, a cor dos legumes cuidadosamente arrumados, do zelo da minha avó nos servindo, da voz alta da minha mãe, das asneiras que a minha irmã fala. É tudo tão intenso agora, sinto a história de cada objeto que toco, cada música que canto de olhos fechados e sei de cor, cada sorriso e palavras trocados. Recolho essa sensações como se fossem mudas e planto-as como flores no meu coração-jardim.

Thursday, May 17, 2007

Durmo sempre com as pernas semiabertas
Para que tu, Romeu,
aconchegue-se entre elas
e me faça menos só
acolhendo um gato castrado.